Chegou o fim de mais um ano e, posso garantir, para mim 2012 foi muito bom, em diversos aspectos, tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Na nossa vida, devemos perseguir a mudança (para melhor) e nunca, nunca mesmo, ficar parado.

Acreditei que, com a chegada do final deste ano, os amigos aqui no blog mereciam uma satisfação; afinal, desde 2007 mantive postagens com certa regularidade e essas postagens ficaram cada vez mais raras ao longo de 2012. Isso é culpa minha, mas não no pior sentido. Eu ainda amo o Linux e ainda acho que o Fedora é a melhor distro para desenvolvimento, mas a vida segue adiante.

Quem me conhece sabe que ensaiei um “adeus” gradativo para as minhas participações no Software Livre, não porque desacreditei na causa, mas por falta de tempo e exigências da vida acadêmica e profissional. Deixei de ser ativo no Projeto Fedora Brasil, mas, com mais moderação, ainda mantive minha participação no Projeto Fedora Internacional ajudando a isolar bugs e testar RPMs.

Cheguei a um ponto em que o dia de 24 horas já não era mais suficiente para levar a cabo todas as minhas tarefas e precisei refletir. A conclusão óbvia era que eu deveria focar no futuro e isso envolve a minha carreira na química, minha família, alguns livros que ainda pretendo escrever e, porque não, alguns hobbies como a fotografia e a música, que andei negligenciando.

Não foi sem tristeza que, mês passado, encerrei a minha conta no Fedora Account System (o FAS) e disse o adiado “goodbye” às contribuições ao Linux e ao Software Livre em geral. Embora eu continue usando Linux, pretendo (e preciso) focar numa distro que economize meu tempo, de preferência uma rolling release (mas sem as chateações do Arch na hora de instalar; afinal, a meta é ser mais produtivo e não retornar aos processos de instalação que eu usava lá nos anos 2000).

Eu agradeço profundamente a todos os leitores, alguns muito marcantes como meu amigo lusinato Manuel e o meu chapa Lauro. Esse blog vai permanecer no ar, vai continuar tratando, ocasionalmente sobre Linux e, sim, de vez em quando vai falar sobre Fedora, mas, dessa vez, com a visão de um usuário (que gosta de fuçar e aprender coisas novas de vez em quando).

Feliz ano novo a todos!

 

Apesar do que o nome pode indicar, o Scientific Linux (SL) não é um desses linux feitos para cientistas e nerds de laboratório. Trata-se de um Linux de nível enterprise, compilado a partir do RHEL e, como tal, procura ser 100% compatível com o sistema da Red Hat.

Embora muita gente possa não saber, o SL tem estrada: está sendo desenvolvido e distribuído desde 2004 pelo CERN e pelo Fermi Lab (dois dos laboratórios científicos mais importantes do mundo e, por isso, o nome “Scientific Linux”). Se quiser fazer uma analogia, o SL e o CentOS são ambos “clones” do Red Hat Enterprise Linux e o que funciona em um, também deve funcionar no outro.

Ao contrário do CentOS, o Scientific Linux não é feito por voluntários; o CERN e o Fermi Lab têm uma equipe paga para cuidar do desenvolvimento da distro e do empacotamento dos softwares. Foi apenas depois de aborrecimentos recentes com o Projeto CentOS que decidi procurar uma alternativa e eis que me surpreendi com a qualidade excelente do Scientific Linux, a gentileza da comunidade que o cerca e a responsividade dos desenvolvedores, que estão sempre atentos e reagem prontamente a pedidos e relatos de bugs feitos pelos usuários.

Achei uma pena que, depois de alguma pesquisa, tenha constatado que o Scientific Linux não tem uma comunidade em português que o represente. Foi por isso que coloquei no ar o Scientific Linux BR, para que os interessados em distribuições EL possam conhecer essa distro, divulgar experiências e publicar um material organizado e coeso.

Enquanto as coisas se ajeitam, convido a todos para que se cadastrem, ajudem na construção da comunidade ao utilizar o portal e, se você usa distribuições enterprise, o Scientific Linux pode surpreendê-lo.

Instalei o Fedora 18 (RC2 Alfa) na minha máquina virtual para sentir o que a distribuição traria e fiquei surpreso ao ver que, depois de anos utilizando o Anaconda sem, praticamente, nenhuma modificação, o F18 decidiu levar a cabo uma (necessária) repaginação.

Testei tanto o DVD de instalação quanto o LiveCD e compilei 20 screenshots comentadas para que os leitores também possam ter uma prévia do que os aguarda.

Nesta versão RC2 alfa o Fedora 18 ainda não está lapidado, com muita tradução pendente e uma arte básica, ainda com ausência de alguns ícones, mas, vale a pena reforçar, trata-se de uma versão pré alfa.

[nggallery id=10]

Também quer testar? Baixe AQUI as suas imagens.

Já lhe aconteceu de alguma vez ter uma conexão muito instável e precisar baixar um arquivo grande? No Brasil é bem provável que sim. Um download manager que sempre uso é o wget. Ele é capaz de realizar coisas incríveis.

Vamos começar baixando um arquivo:
wget http://lonelyspooky.com/arquivo.iso

Esse comando é legal. Vai baixar o meu “um_arquivo_qualquer.iso”, mas se a conexão cair, o download será perdido e terá que ser iniciado desde o começo.

A melhor opçẽo é adicionar o parâmetro -c
wget -c http://lonelyspooky.com/arquivo.iso

Este comando, muito útil por sinal, permite a continuação de downloads interrompidos. Ou seja: mesmo que a conexão caia, basta executar o comando novamente e voilà! O download continua de onde havia parado!

O problema é que minha conexão está tão instável que bastam alguns segundos de download para que a conexão caia (obrigado Oi, pela banda larga de %$#@!). Mesmo com a facilidade de continuar o download interrompido, executar o comando sem parar cada vez é um saco. E se o wget fizesse isso sozinho a cada vez que o download fosse interrompido? 🙂 É possível:
wget -c -t 0 --timeout=60 --waitretry=60 http://lonelyspooky.com/arquivo.iso

O comando significa o seguinte:

-c = continua os downloads

-t 0 = número de tentativas (zero é infinito)

--timeout=60 = tenta novamente depois de 60 segundos de inatividade

--waitretry=60 = deixa um espaço de 60 segundos entre cada tentativa

Com certeza me ajudou.

No artigo anterior mostrei como será o papel de parede do próximo Fedora (Spherical Cow) e então, pensei: porque não montar uma galeria com todos os wallpapers, desde o primeiro Fedora?

O resultado você confere abaixo. Qual o seu favorito? Vote na nossa enquete.

Fedora 18 (alpha)

Fedora 17

Fedora 16

Fedora 15

Fedora 14

Fedora 13

Fedora 12

Fedora 11

Fedora 10

Fedora 9

Fedora 8

Fedora Core 7

Fedora Core 6

Fedora Core 5

Fedora Core 4 (sim, é o mesmo do FC3)

Fedora Core 3

Fedora Core 2

Fedora Core,1

Gostou? Escolha seus três favoritos na enquete!

[poll id=”12″]

[notice type=notice]ATENÇÃO: para instalar este pacote você precisa do repositório RPMFusion instalado[/notice]

Em uma coisa nós, usuários do Gnome, devemos dar o braço a torcer: o KDE é maravilhoso no que diz respeito a customizações e disponibilidade de plugins (plasmoids). Depois da revolução (não necessariamente para melhor) sofrida pelo Gnome 3.x, ainda sofremos com algumas coisas que o tornam, digamos, “pouco palatável” aos fanáticos por customizações. Alterar o Gnome 3 não é uma tarefa trivial e, geralmente, exige ferramentas externas como o gnome-tweak-tool, linhas de comando ou edição de arquivos.

Uma das coisas que gosto muito são ferramentas meteorológicas. No meu desktop não pode faltar uma previsão do tempo e eu vivia triste porque não tinha nenhuma extensão satisfatória disponível. Achei diversas gambiarras que prometiam, de alguma forma, realizar o trabalho, mas, acabei encontrando uma realmente boa: gnome-shell-extension-weather.

Na época em que encontrei ainda era difícil de configurar, mas, eis que, para minha surpresa, esta extensão já se encontra no RPMFusion e está muito mais simples de fazer funcionar

Acredite: esta extensão é muito bonita, bastante customizável e ajuda a quebrar a monotonia. Vamos instalar?

Você precisa do RPMFusion instalado. Se já tem esse repositório, simplesmente execute:

su -c 'yum install gnome-shell-extension-weather'

Após a instalação, abra o gnome-tweak-tools, vá em extensões do Shell e procure pela extensão Weather”. Ative-a. Caso não tenha instalado o gnome-tweak-tool, instale-o:

su -c 'yum install gnome-tweak-tool'

Com tudo instalado e com a extensão rodando, adicione a sua cidade e pronto.

Anteontem foi o lançamento do openSUSE 12.2, mas, ao contrário das outras releases desse ótimo Linux, vou ficar de fora do 12.2 (isso depois de anos acompanhando cada lançamento). A razão, posso explicar: o openSUSE 12.2 foi problemático para o Projeto openSUSE; ocorreram tantos contratempos, tantos problemas, que a distribuição precisou ser adiada (tinha lançamento previsto para julho, se não me engano). Embora eu esteja ligado ao Projeto Fedora, acompanhei as discussões nas listas do openSUSE e os relatos de que, em todos os momentos do desenvolvimento o openSUSE de teste (chamado Factory) tinha mais de 100 bugs críticos e cada pacote corrigido quebrava outros. Chegou a se cogitar que o openSUSE 12.2 não fosse lançado e que esse tempo entre o 12.1 e o 12.3 fosse usado para reestruturar o método de desenvolvimento da distro.

Enfim, depois de lutar contra os problemas, a equipe conseguiu lançar o 12.2. Eu não vou usá-lo, acreditem, não é devido aos bugs do desenvolvimento (sei que os caras são competentes para corrigi-los), mas porque o openSUSE 12.2, de certa forma, já nasceu velho: a maioria das features que ele oferece já estão por aí há algum tempo (kernel 3.4, KDE 4.8.4 e Gnome 3.4).

Apesar de eu não está-lo dessa vez, para os fãs do KDE (devido à excelente integração) o openSUSE 12.2 certamente ainda é uma boa pedida, o repositório Tumbleweed, em breve, deve ajudar a minimizar essa desatualização do openSUSE.

[notice type=download]O openSUSE 12.2 tem diversas opções de downloads e pode ser baixado AQUI[/notice]

Já que o Fedora 17 foi lançado hoje, não custa nada reforçar que a sua vida pode ser muito mais fácil se usar o 1Step-Install.

A ideia é bem simples: baixe e rode o script para configurar os seus repositórios e instalar codecs de video e áudio, flash, java (openJDK), descriptografar DVDs e adicionar aquelas fontes indispensáveis como Arial e Times New Roman.

Usuários dos Fedoras mais antigos (Fedora 16 e Fedora 15) também podem usar o 1Step-Install sem problemas.

Baixe aqui

Hoje, depois de diversos atrasos para refinar a distro, o Projeto Fedora disponibilizou a versão final do Fedora 17 (Beefy Miracle) para download do público.

Já há alguns meses eu vinha usando o Fedora 17, desde as versões de teste, e posso comprovar que esta versão do Fedora está sólida, mas, infelizmente para os mais progressistas, não representa nenhuma revolução bombástica quando comparada ao Fedora 16.

É claro que o F17 traz melhorias importanttes, como por exemplo, a nova versão do Gnome 3.4 que não necessita de uma placa de vídeo com aceleração 3D. Agora os efeitos do desktop são renderizados via software e isso permite que até as pessoas com máquinas mais modestas possam desfrutar do novo Gnome. Outra mudança importante para os usuários desktop (que vão usar o Fedora para trabalho e diversão) é que mídias removíveis agora são montadas no diretório /run/media/$USER/ onde o usuário tem permissão exclusiva.

Os administradores vão notar que o Fedora 17 vem sem o sistema de arquivos BTRFS, que foi atrasado para o Fedora 18 a fim de amadurecer mais antes de se tornar disponível em larga escala e que o sistema de arquivos ext4 padrão do Fedora vai passar de uma capacidade máxima de 16 TB no sistema de arquivos para 100 TB.

Há diversas outras novidades (nenhuma sensacional) que você pode ver aqui nas notas de versão antes de baixar o seu Fedora 17, mas, uma coisa é garantia: o sistema é bom e continua a boa tradição do Fedora em apresentar um sistema moderno, robusto e sólido.

Após baixar o novo Fedora, você já pode instalar todos os seus plugins e codecs com apenas um comando ao usar o 1Step-Install, então, não perca tempo, vamos ao que interessa!

 Baixe aqui o seu Fedora 17