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Arquivo mensal: julho 2007

Essencialmente, desde que comecei a usar computador, logo me interessei por softwares, linguagens de programação, arquivos binários e coisas do gênero. Bem rápido percebi que, de todos os tipos de softwares que usamos, um, especialmente, é indispensável… você pode viver sem um player de MP3 (!!!), pode viver sem um processador de texto como o OpenOffice ou o Microsoft Office, pode deixar de navegar na internet com o seu Firefox, Opera ou Netscape (não, ninguém é louco de usar o IE depois que inventaram o Firefox), mas, com certeza, se deseja usar um computador, o Sistema Operacional não poderá faltar. É ele quem cuida para que o computador entenda o que você quer e que, basicamente, faz você ver os resultados do que o seu computador pode fazer.

No princípio, para mim, Sistema Operacional era o Windows: vinha instalado no meu PC, funcionava (hahaha) e eu só precisava me preocupar com milhares de formas criativas de deixar que vírus, malwares e bugs se manifestassem nele.
No entanto, hoje, 8 anos depois de conhecer o Linux e de alargar um pouco meus horizontes, acabei tendo um interesse particular nessa categoria de softwares a que chamamos Sistema Operacional, ou SO, para os íntimos e, por isso, inicio hoje uma série de dez artigos sobre sistemas operacionais, falando sobre alguns mais bizarros e chegando aos mais famosos.

Comecemos então:

1 – ReactOS

Decidi começar falando sobre o ReactOS porque (aí começa a controvérsia) ele é apontado por muitos analistas como o SO do futuro, vindo a tornar-se, em breve (ou nem tão breve) o carrasco do M$ Windows e do GNU/Linux.
Logo do React OS

Parece absurdo? A uma primeira vista, sim, mas, parando para pensar, até que seria possível nesse mundo informatizado. Basta que ele caia no gosto das pessoas.
O que o ReactOS teria de diferente para chegar a dizer que é o SO do futuro? Ele, simplesmente, é um M$ Windows escrito absolutamente do zero e distribuído sob a GPL.

A intenção da equipe do ReactOS é ter um sistema operacional gêmeo do Windows, 100% compatível com suas aplicações e com curva de aprendizado zero, ou seja: no futuro, entre dois usuários que comprem PCs, um com Windows e outro com ReactOS, será impossível diferenciar entre os respectivos SOs, sendo que o ReactOS é grátis.
Nesse futuro, convenhamos, mesmo os usuários mais burros inexperientes só teriam um motivo para comprar um PC com Windows: masoquismo.
Tudo teve início em 1995, com o início do projeto FreeWin95, que tencionava escrever um SO clone do Windows 95 e distribuí-lo de graça, mas, como acontece com muitos projetos, o FreeWin95 entrou num ciclo interminável de discussões acerca do desenho do sistema, sendo abandonado mais tarde.
No fim de 1997, Jason Filby assumiu como coordenador do projeto e buscou todos os antigos membros da equipe FreeWin95 que ainda permaneciam na lista de discussão. Decidiram que a Base seria o Windows NT em vez do Windows 95 e que o projeto seria baseado em código escrito em vez de discussões sem fim sobre o que fazer.

Nesse princípio, o ReactOS teve um desenvolvimento absurdamente lento, devido à pouca quantidade de programadores capazes de escrever código de kernel, mas, depois de um kernel basicamente estável, muitos outros programadores juntaram-se ao projeto e têm realizado contribuições em massa.

O kernel do ReactOS é baseado no kernel do Windows NT e é capaz de executar aplicações binárias do Windows. Um ponto interessante é que, uma vez que o kernel, nativamente já suporta aplicações Windows, é possível, mais tarde, adicionar compatibilidade entre softwares UNIX e de outros Sistemas Operacionais.
ReactOS em Ação

O seu sistema de arquivos padrão é o FAT32 e o ReactOS necessita de somente 32 MB de RAM para funcionar bem, ele já inclui uma gama de softwares familiares, como o ReactOS Exlorer, clone o Windows Explorer, Notepad, RegEdit, CMD.exe e alguns outros conhecidos.

De fato, mesmo estando somente em sua versão alfa 0.3.1, muitas aplicações Windows já funcionam muito bem no ReactOS.

Em 17 de Janeiro de 2006, Hartmut Birr, na lista de discussão do ReactOS, alegou que partes do código do sistema é baseado em disassembling do M$ Windows, o que, evidentemente, causou uma reação extremamente negativa dos participantes e da comunidade Free Software.

O projeto decidiu realizar uma auditoria em todo o código fonte para averiguar a veracidade das afirmações de Hartmut Birr, no entanto, tendo terminado 99,2% da auditoria, restam somente mais 82 arquivos a verificar e não foram encontrados problemas.

O que se passa, segundo alguns desenvolvedores, é que o código de Windows, realmente é obtido via disassembling, mas que apenas serve de orientação aos programadores do React. Eles analisam o código e o reescrevem, sempre from scratch e, quando possível, tornando-o melhor e mais limpo.

Até o momento o ReactOS tem suporte a Plug-and-Play, protocolo TCP/IP, suporte a diversos drivers e, na sua próxima versão, deve inaugurar o suporte a USB, NTFS e aprimorar compatibilidade com o Windows NT 5 e 6.

A equipe do WINE uniu forças com a equipe do ReactOS para ajudar na compatibilidade entre o SO e o Windows e isso representou um avanço significativo no desenvolvimento do mesmo. Outra importante equipe, a equipe do SAMBA TNG, também juntou-se a eles para implementar os serviços de rede como LSASS, SAM, NETLOGON e SPOOLSS, que são a chave do sucesso da interoperabilidade do projeto ReactOS.

A equipe do ReactOS precisa de Ajuda e agradece qualquer colaboração, seja divulgando, programando ou contribuindo com doações.

Como Obter o ReactOS

CD de Instalação

Live CD

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